Quem acompanha meus posts nas redes sociais sabe que costumo mencionar as crenças como parte importante da nossa percepção sobre nós mesmas e nossa relação com o mundo, mas você sabe o que é crença, como elas são criadas e seus reais impactos na vida cotidiana?
Neste post trarei exemplos de crenças maternas que podem ser verdadeiras armadilhas que nos impedem de nos tornar as mães que queremos ser!
Vamos refletir e acolher os ciclos que atravessamos com mais consciência sobre nós mesmas?
Boa leitura!
Crença: o que é e suas influências
O termo “crença”, na maioria das vezes, é associado a experiências religiosas, por ter relação com acreditar ou ter fé em algo como possível ou verdadeiro.
Nesta reflexão vamos olhar por outra perspectiva, damos um passo além do contexto religioso, reconhecendo que as crenças são formadas a partir da lente pela qual estabeleço o entendimento do mundo interno e externo. Na prática, significa que todo o tempo estamos “fabricando” novas crenças, a partir de conexões e padrões com os quais criamos significados.
E por que funciona dessa forma? Simplesmente porque nosso cérebro “facilita” o processo de aprendizagem por associações. Imagine a seguinte situação: O filho, no auge da adolescência, se tranca no quarto e só quer saber de computador. Já faz algum tempo que você não consegue ter alguma conversa com ele e a situação repete-se dia após dia. É aí que o pensamento de que “esta é a pior fase” começa a emergir.
Já reparou como a fase da adolescência é encarada como uma fase difícil, complicada, desafiadora, etc? Dentro de um contexto sociocultural, no qual uma ideia já está amplamente difundida e aceita como verdade, é natural que respondamos de acordo com essa forma de ver compartilhada.
Assim, por associação, o cérebro já aceita a verdade de que “adolescentes são aborrecentes e são muito difíceis de lidar” e que “não sou boa para dialogar com adolescentes”, mas devemos lembrar que a adolescência, assim como outras fases da vida, é um ciclo e todo ciclo tem início, meio e fim, e naturalmente desafios. Se continuo com a crença de que “não sou boa para dialogar com adolescentes”, vou passar todo esse período sem falar com meu filho?
Suas crenças limitam ou impulsionam?
Imagine as crenças como lentes com as quais vemos nossa realidade. Ao analisar as diversas áreas da nossa vida: profissional, familiar, afetiva, etc, podemos perceber que há situações em que nos consideramos boas ou não para contextos diversos.
Dessa forma, uma mãe que não se considera boa para dialogar com o filho, pode chegar a conclusões equivocadas e distorcidas de que é impossível criar uma conexão com ele, por exemplo, gerando uma “realidade negativa” ou “crença limitante”.
Por outro lado, se essa mesma mãe, em outras áreas da vida, se considera persistente e capaz de “virar o jogo”, ela pode usar essas mesmas características como potenciais a serem desenvolvidos na sua relação com o filho, gerando uma "realidade positiva”. Neste caso, a crença passa a ser impulsionadora.
Crenças maternas: fuja das armadilhas!
Você já disse ou já ouviu falar frases como estas?
“Não sou uma boa mãe”, “Só tenho tempo para os meus filhos”, “Na minha época não era assim”, "Ser mãe é abdicar da vida", "Os adolescentes de hoje são irresponsáveis", etc.
Mapeie suas crenças, observando quais são os pensamentos ou o que você diz sobre você mesma nos seus contextos de atuação. Nossas crenças desencadeiam sentimentos e esses sentimentos levam a reações que respondem a eles criando uma ligação forte, fixando esta visão de si e do mundo.
Como vimos no tópico anterior, as crenças podem ser limitantes ou impulsionadoras. As limitantes são grandes armadilhas que nos impedem de criar a realidade que desejamos.
Como fugir dessas armadilhas?
Em primeiro lugar, reconhecendo seus potenciais e suas “fraquezas” em todas as suas áreas de atuação, porque você é um ser humano completo. Não é só mãe, só cônjuge, só filha, só profissional… Nas áreas da vida podem haver características que se ressaltam mais pelas necessidades exigidas em cada função, mas tudo isso é você.
Uma vez reconhecidos tais atributos, veja o que pode ser direcionado para contribuir de forma mais leve e positiva na sua forma de maternar que é única e somente sua.
Acolhendo os ciclos com consciência
gora que você já sabe mais sobre o que é crença e como elas impactam a nossa
realidade, que tal acolher a adolescência como um ciclo e uma oportunidade de revisitar a própria história para fazer florescer a mãe que você deseja ser?
Conte comigo, viu?
Para saber mais, leia os posts sobre como lidar com a adolescência a partir da sustentabilidade emocional e sobre como caminhar sintonizada com seus valores e propósitos em 2022.
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